quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RIO REAL


  
Rio Real é uma cidade brasileira do estado da Bahia, localizada na região nordeste, na margem esquerda do rio Itapicuru, separado do estado do Sergipe pelo rio Real, rio que originou seu nome. Sua população é de 37.127 habitantes (IBGE, 2010). Ocupa uma área de 676,911km2 , a 169 metros acima do mar.  Faz limite com Itapicuru, Acajutiba, Crisópolis, Jandaíra, Esplanada, Conde, Cristinápolis (SE) e Tomar do Geru (SE). Está há 202km2 de Salvador.
É uma cidade que está crescendo e se desenvolvendo muito, pois têm uma boa oferta do setor terciário (comércio e serviços), além da atividade agrícola. No setor agrícola destacam-se os cultivos de laranja, tangerina, limão, maracujá, mamão, coco e abacaxi. Na pecuária são destacados os rebanhos suínos, ovinos, eqüinos e bovinos. É considerado o maior produtor de laranja, tangerina e cerâmica da Bahia, haja vista que é grande produtor de bens minerais como argila.
Apresenta como bioma a caatinga, com árvores de troncos um pouco esbranquiçados no período seco, quando perde as folhas; e a mata atlântica, caracterizada com a transição de matas de brejos úmidos. O clima é quente e seco no verão e úmido no inverno. No verão a temperatura é muito quente durante o dia, descendo bastante à noite. No inferno essa temperatura cai ainda mais durante as noites.  
O principal atrativo é a feira que acontece aos sábados, oferecendo uma diversidade de produtos, tudo o que o nordeste dispõe. Com muitos boxes, barracas e gente sorridente, de boa fé e gentil. Moradores e visitantes costumam acordar cedo para comprar, principalmente, frutas, verduras, legumes e comer, nas primeiras horas, o famoso sarapatel e ensopado. A comida é muito saborosa! A feira é pra comprar, comer e se divertir!
A principal festa popular é a festa da padroeira da cidade, “Nossa Senhora do Livramento”. A festa acontece todos os anos entre os dias 30 de agosto a 8 de setembro, com muita benção para todos. Esse ano a paróquia comemorou 156 anos de evangelização (1855 - 2010). Como todos os anos a festa foi comemorada com missas solenes, crismas, leilões, quermesses, batizados, novenas e outros.
Tradicionalmente, as festas de final de ano (Natal, Ano Novo e Reis) eram amplamente comemoradas pelos moradores da cidade e por visitantes. Era um acontecimento que abarcava na praça diversas barraquinhas com cestinhas decoradas com fitas de papel crepom, contendo castanhas e amendoins torrado com açúcar; barraquinhas de jogos, barracas de bingos, quermesse e parque com diversos brinquedos para as crianças se divertirem.  À noite era marcado pelas discotecas no clube de dança, o Clube Social da cidade, onde jovens e adultos comemoravam com muita dança. Dessas festas, a que mais se enfatizava era a festa de Reis, pois moradores e visitantes participavam mais ativamente. Hoje, essas festas mantêm algumas características, mas com o crescimento populacional veio perdendo algumas das suas peculiaridades.
A Festa da Laranja, o Micarreta e o São João são festas que encantam moradores e visitante com suas diversas atrações. Os festejos juninos são abertos com a tradicional alvorada, com muita zabumba, triângulo, sanfona, comida típicas, licor e muito forró pé de serra. Nas ruas de pedras, nas frentes das casas, diversas fogueiras encantam as pessoas. Outras festas típicas também acontecem na cidade: a cavalgada, procissão dos motoristas, desfile de carroças, dos motoqueiros, dentre outras.
A cultura da cidade é rica, influenciada por português, africanos e indígenas. No que se refere ao artesanato popular, a cidade é uma das principais representantes da produção oleira do estado da Bahia. O trabalho de louçaria é feito com barro e representam a expressão técnica, artística e criadora da cerâmica indígena. Essa técnica de produção tem sido transmitida por gerações, preservando, assim, a arte do barro na cidade. São potes, talhas, moringas, mealheiros, panelas, dentre outras formas.


Fonte das fotos:
http://www.panoramio.com/user/5066159/tags/Rio%20Real
http://jorgecalmon.blogspot.com/2010/11/bahia-tera-fabrica-de-suco-de-laranja.html
http://teiadenoticias.com.br/caiu-na-teia/noticia/rio-real-festa-de-sao-joao-como-manda-o-figurino
http://economiaderioreal.blogspot.com/2011_02_01_archive.html

RIO REAL: sua história

No século XVII, os jesuítas adquiriram, por sesmaria, uma vasta área de terras, as quais colonos portugueses, indígenas catequizados e escravos africanos dedicaram-se a agricultura e criação de gado. Com o povoamento e o desenvolvimento da agropecuária, no século XVIII, esse território foi sendo desmembrado e deu origem à cidade de Itapicuru.
As primeiras ações para transformar as terras que hoje é a cidade de Rio Real começaram no remoto século XIX quando Itapicuru teve seu território desmembrado. Nessas terras existia um brejo com águas puras que servia de ponto de referência para os colonizadores que penetravam o sertão baiano. Foi às margens desse brejo que originou o povoado Brejo Grande.
No decorrer da história, com o desenvolvimento da agricultura e o povoamento crescente, o povoado Brejo Grande, ainda subordinado a Itapicuru, foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora do Livramento do Brejo Grande, através do Art. 1 da Lei Provincial nº 538 de 8 de maio de 1855.  O Art. 2 da mesma Lei estabelecia os limites da freguesia:
Principiará da Beira do Rio Real, no logar chamado passagem do meio, aonde atravessa o mesmo rio para a Fazenda Curralinho da Província de Sergipe; e da dita passagem do meio seguirá pela estrada que vem a Fazenda do Janico, a qual passa na morada de Martinho Ramos, e deste á Fazenda da Cruz, onde morou Francisco da Affonso, e desta para o Brejo do Cardoso, e d’este rumo direito ao sul, atravessará a estrada real que vai da Fazenda Sucupira para a Capella do Baracão no logar chamado Rancho do licoliseiro, à beira da dita estrada; e d’este ramo em rumo direito a cabeceira da baixa denominada Pae Gonçalo (no lado de cima) que he a estrada que segue da fazenda Tapéra para o sacco grande, e da dita capeceira da baixa de Pae Gonçalo em rumo direito a beira do rio Itapicuru no logar chamado Poço Redondo, em cujo ponto chegam as terras do Capitão Manoel Barreto de Mattos, que he pouco baixa da morada de Francisco Moreira d’Assumpção e do dito Poço Redondo, rio Itapicurú baixo, até encontrar com os limites da Freguesia do Conde nas matas do Rio Azul, e da mesma forma dividindo-se com a Freguesia de Abadia no Rio Pirangi até a beira do rio Real na passagem do meio, onde se principiou a dita divisão (VIANA, 1858, p.191). ‘Escrita obdecendo o documento original’.

Nesse período a freguesia conheceu o seu primeiro Vigário, Padre Manoel José Escorrega. No dia 26 de agosto de 1857 foi criada na freguesia do Barracão uma subdelegacia. Passados vinte e cinco anos, a freguesia Nossa Senhora do Livramento do Brejo Grande cresceu e foi elevada a categoria de Vila por meio da Resolução Provincial nº 1.991 de 1º de julho de 1880, a qual recebeu a denominação de Vila de Barracão, se desmembrando do município de Itapicuru. Em 16 de maio de 1882 se constituiu de distrito sede com a categoria de Vila.
Em 1887 deu-se inicio a construção da Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco com linhas e ramais. A linha inicialmente chamada de ramal de Timbó perpassa Barracão, inaugurando por volta de 1910 a primeira Estação Ferroviária local. Dessa forma, houve um crescimento que favoreceu o desenvolvimento da localidade, pois aumentou o fluxo de produtos e pessoas. 
A instalação da ferrovia provocou um intenso fluxo de produtos e de pessoas que obrigou feirantes e população a mudarem para as proximidades da estação, em função do volume de atividades desenvolvidas no local.   
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a Vila de Barracão é constituída como Município de Barracão, distrito sede.  Por força do Decreto Estadual nº 7455, de 23 de junho de 1931 o município de Barracão foi denominado Rio Real, cuja origem deve-se ao grande rio existente no território, o rio “Real”, um rio que banha os estados da Bahia e de Sergipe. Foi elevada á condição de cidade por Decreto-Lei-Estadual, de 30 de março de 1938.
Pelo decreto estadual nº 7.479, de 08 de julho de 1931, a cidade de Rio Real adquiriu o território do município de Jandaíra, como simples distrito.   Pelo decreto nº 8.703, de 16 de novembro de 1933, desmembra do município de Rio Real, o distrito de Jandaíra. Elevado novamente á categoria de município.  
Hoje, a cidade tem 37.127 habitantes (IBGE, 2010), sua população ocupa uma área de 676,911km2. Possui 68 escolas, 43 rurais e 25 urbanas (MEC - INEP /2010). Destaca-se no setor de serviço e comércio, na atividade agrícola e pecuária. Alimenta suas festas e tradições. Mantém sua comunidade de quilombolas, o Mocambo do Rio Azul. Na sua zona rural ainda é possível encontrar fazendas com resquícios da época dos escravos. A cultura indígena é mantida por meio do trabalho das ceramistas.  

RUA JOAQUIM MATOS




SEJA BEM-VINDO A NOSSA RUA!
Rua de gente alegre, bonita e de boa vizinhança.


A Rua Joaquim Matos, antes conhecida como Rua do Campo, é uma rua simpática, alegre e bem movimentada. Ela está localizada no Centro da cidade, como um dos acessos a praça principal (Praça Senador Antônio Carlos Magalhães).
Recebeu esse nome em homenagem ao Sr. Joaquim de Mattos, um dos primeiros habitantes da cidade. Até por volta da década de 60 era composta por poucas casas, distribuídas em pequenos sítios de árvores frutíferas, com pasto de criação de bovinos e pequenas lavouras. Esses sítios pertenciam a D. Maricota, Sr. Gabi, Sr. Antônio Goes, Sr. José Inácio e Sr Domingos da Silva.
Com o crescimento da população, a cidade cresceu em direção as ruas que davam acesso a praça principal. Dessa forma os proprietários dos sítios da Rua Joaquim Matos começaram a vender suas propriedades, loteando para construção de moradias. Havia também no local um chafariz, uma construção com bicas que jorrava água potável.
Em 25 de maio de 1975 foi inaugurada na rua a Escola Estadual Rômulo Galvão para atender crianças do primário, como era chamado o Ensino Fundamental naquela época, mas também acompanhou o movimento de alfabetização de adultos, o “Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL”, e propôs-se, no turno noturno, a alfabetização funcional de jovens e adultos.   Naquele período o analfabetismo no Brasil chegou a quase 20%.  Hoje a Escola é municipalizada, desde 1996. Sua construção foi onde era o sítio de Domingos Soares da Silva.
Em janeiro de 1977 foi inaugurado na rua o Estádio Roberto Santos, palcos de muitos jogos, com capacidade para 7.800 espectadores. Recebeu esse nome em homenagem ao governador da Bahia da época.  Entre 1977 a 1990 as tardes de domingo era de muito movimento na rua, pois as famílias se reunião para assistir as partidas de futebol. 
estádio foi palco, também, de shows. Hoje o movimento diminuiu visto que há na cidade outras opções de lazer, mas os campeonatos de futebol continuam a acontecer, trazendo muita diversão e alegria para moradores da cidade e visitantes.
O admirável monumento da rua é a Caixa d’água, com altura de um prédio de cinco andares, localizada na pracinha da rua, conhecida como Praça da Caixa d’água, hoje denominada Praça Coronel Temis. Havia na rua, em frente à Caixa D’água, a serraria do Sr. Nunes que atendia a clientela de Rio Real e das cidades circunvizinhas. A rua já recebeu visitas ilustres como deputados e governadores nas inaugurações das obras.
Hoje a rua é composta de 307 casas, escolas, diversos pontos comerciais, como lojas, farmácia, academia, churrascarias, bares, dentre outros. As festas típicas que acontecem na cidade como procissões e desfiles fazem o retorno na Praça da Caixa D’água, a exemplo do Micarreta, do Foró Real, etc.
São atrativos da rua hoje: a Caixa D’agua, devido seu formato, não há outra igual; a churrascaria, o bar do Gilberto e o ponto do pastel, o pastelzinho feito na hora, dentre outros.

REFERÊNCIA
Entrevista com o Sr João Ulísses de Oliveira – conhecido com “João do Campo” e com a Srª Josefina da Silva Oliveira, ambos moradores da rua.

RIO REAL... beleza paradisíaca!

Rio Real foi um dos primeiros rios a ser descoberto no Brasil pelo navegador Américo Vespúcio a serviço de Portugal entre 15 a 20 de outubro de 1501. Nas matas da sua Boca foi descoberto um manancial de pau-brasil por piratas franceses. Sua conquista terminou em 1590 quando Cristovão de Barros acabou de vez com o contato dos franceses no lugar. Foram quase noventa anos de exploração de pau-brasil, madeira produtora de corante nobre. Depois da exploração do pau-brasil veio a exploração de metais preciosos, mas a natureza preservou a beleza paradisíaca. A região compreende três praias: Pontal e Saco do lado sergipano; e Mangue Seco, cenário de novela, no lado baiano. A região é atravessada pela Linha Verde, rodovia que liga Salvador a Aracaju pelo litoral.


Fonte:http://youtu.be/FoDBKf8X1S0

terça-feira, 27 de setembro de 2011

NOSSA IGREJA

"IGREJA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO" - Construção de estilo barroco. 




PADROEIRA DA CIDADE

"Nossa Senhora do Livramento"
Linda escultura de 125 cm, trazida pelos portugueses para ser cultuada desde a época de criação da Freguesia de Nossa Senhora do Livramento em 1855.

ESTÁDIO DE FUTEBOL ROBERTO SANTOS


ESCOLA MUNICIPAL RÔMULO GALVÃO

REFERÊNCIAS UTILIZADAS NA ESCRITA DO MATERIAL POSTADO

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais – INEP/2010. Relação das escolas da Bahia. Disponível em: http://suite.mc.gov.br/scripts/todas_escolas.asp?variavel=292700 Acesso dia 22/08/11
CENTRO-OESTE BRASIL. As ferrovias da Bahia: Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco. Disponível em http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias/Bahia/01bahiaEFBSF.shtml Acesso dia 25/08/11 Acessado em 14/08/2011.
Cerâmica de Rio Real . Disponível em: http://www.ceramicanorio.com/artepopular/rioreal/rioreal_BA.htm Acesso dia 04/08/2011
GIESBRECHT, Ralph Mennucci. Estações Ferroviárias do Brasil. Disponível em http://www.estacoesferroviarias.com.br/ba_propria/rioreal.htm Acesso dia 21/08/2011
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Censo Demográfico 2010 Publicado no
Diário Oficial da União do dia 04/11/2010. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=29
_______. Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Biblioteca / Informações sobre Rio Real. Disponível em http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/rioreal.pdf Acessado dia 02/08/2011
Histórico de Rio Real. Disponível em http://www.canaldoturismo.com.br/prefeituraderioreal/historico.html
VIANA, Padre A. da Rocha. Copilação, em Indice Alfabeto, de Todas as Leis Provinciais da Bahia, Regulamentos e Actos do Governo, para Execução das Mesmas, desde 1855, Primeiro AAno que Funcionou a Nossa Assemblea Até Hoje. TYP. e Livraria de E. Pedroza. 1858

TELEFONES ÚTEIS


Prefeitura Municipal – (71) (75) 3426-1252
Câmara Municipal – (75) 34261250
Hospital – (75) 3426-1242
Delegacia – (75) 3426-2861
                  (75) 3426-2017
Conselho Tutelar – (75) 3426-1261
Rádio Real FM – (75) 3426-2057