No século XVII, os jesuítas adquiriram, por sesmaria, uma vasta área de terras, as quais colonos portugueses, indígenas catequizados e escravos africanos dedicaram-se a agricultura e criação de gado. Com o povoamento e o desenvolvimento da agropecuária, no século XVIII, esse território foi sendo desmembrado e deu origem à cidade de Itapicuru.
No decorrer da história, com o desenvolvimento da agricultura e o povoamento crescente, o povoado Brejo Grande, ainda subordinado a Itapicuru, foi elevado à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora do Livramento do Brejo Grande, através do Art. 1 da Lei Provincial nº 538 de 8 de maio de 1855. O Art. 2 da mesma Lei estabelecia os limites da freguesia:
Principiará da Beira do Rio Real, no logar chamado passagem do meio, aonde atravessa o mesmo rio para a Fazenda Curralinho da Província de Sergipe; e da dita passagem do meio seguirá pela estrada que vem a Fazenda do Janico, a qual passa na morada de Martinho Ramos, e deste á Fazenda da Cruz, onde morou Francisco da Affonso, e desta para o Brejo do Cardoso, e d’este rumo direito ao sul, atravessará a estrada real que vai da Fazenda Sucupira para a Capella do Baracão no logar chamado Rancho do licoliseiro, à beira da dita estrada; e d’este ramo em rumo direito a cabeceira da baixa denominada Pae Gonçalo (no lado de cima) que he a estrada que segue da fazenda Tapéra para o sacco grande, e da dita capeceira da baixa de Pae Gonçalo em rumo direito a beira do rio Itapicuru no logar chamado Poço Redondo, em cujo ponto chegam as terras do Capitão Manoel Barreto de Mattos, que he pouco baixa da morada de Francisco Moreira d’Assumpção e do dito Poço Redondo, rio Itapicurú baixo, até encontrar com os limites da Freguesia do Conde nas matas do Rio Azul, e da mesma forma dividindo-se com a Freguesia de Abadia no Rio Pirangi até a beira do rio Real na passagem do meio, onde se principiou a dita divisão (VIANA, 1858, p.191). ‘Escrita obdecendo o documento original’.
Nesse período a freguesia conheceu o seu primeiro Vigário, Padre Manoel José Escorrega. No dia 26 de agosto de 1857 foi criada na freguesia do Barracão uma subdelegacia. Passados vinte e cinco anos, a freguesia Nossa Senhora do Livramento do Brejo Grande cresceu e foi elevada a categoria de Vila por meio da Resolução Provincial nº 1.991 de 1º de julho de 1880, a qual recebeu a denominação de Vila de Barracão, se desmembrando do município de Itapicuru. Em 16 de maio de 1882 se constituiu de distrito sede com a categoria de Vila.
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A instalação da ferrovia provocou um intenso fluxo de produtos e de pessoas que obrigou feirantes e população a mudarem para as proximidades da estação, em função do volume de atividades desenvolvidas no local.
Pelo decreto estadual nº 7.479, de 08 de julho de 1931, a cidade de Rio Real adquiriu o território do município de Jandaíra, como simples distrito. Pelo decreto nº 8.703, de 16 de novembro de 1933, desmembra do município de Rio Real, o distrito de Jandaíra. Elevado novamente á categoria de município.
O tempo passou... Restam os moradores de hoje continuar a luta dos primeiros protagonistas dessa cidade tão encantadora.
Fonte das fotos:
http://riorealbahia.blogspot.com/2011/07/rio-real.html
http://books.google.com.br/
http://inverta.org/jornal/edicao-impressa/292/cultura/expo-de-videos-sobre-cultura-brasileira
http://www.panoramio.com/user/5066159/tags/Rio%20Real
Lucineide, gostaria de manter contato acerca do seu estudo sobre a cidade de Rio Real, se possível, disponibilize um e-mail para que possa explicar melhor do que se trata. Grata, Naila.
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